As Aventuras de Pinóquio

Foto: Alexandre Fávero

Título original:

Le avventure di Pinocchio. Storia di un burattino

Autor:

Carlo Collodi, pseudônimo de Carlo Lorenzini
(★ 1826 – † 1890)

País de origem:

Itália

Local e ano da primeira publicação:

 Florença, 1881

Gênero e estilo:

Novela romântica fantástica infanto-juvenil

Sinopse

Um pedaço de madeira mágica é presenteado ao carpinteiro Gepeto. Ele fabrica uma marionete chamada Pinóquio. O boneco ganha vida, faz estripulias e se mete em várias confusões. O grande sonho de Pinóquio é ser um menino de verdade. Uma fada lhe diz que isso só é possível se ele for um boneco bom, o que nunca acontecia, por isso ela faz um encantamento no seu nariz que cresce sem parar conforme ele diz mentiras. 

O boneco passa a mentir, desrespeitar Gepeto e acaba se metendo em muita confusão. Não vai na escola e acaba indo parar preso. A fada aparece para salvá-lo da armadilha. Pinóquio foge para o mar em um barquinho. Gepeto vai atrás e os dois acabam sendo engolidos por uma baleia e quase morrem afogados. Criador e criatura salvam-se do mar revolto. Depois de tantas desventuras, Pinóquio entende a importância de ser valente, sincero e generoso, por isso a fada, por merecimento, transforma-o em menino.

Curiosidades

O boneco protagonista foi esculpido em um pedaço de tronco de um pinheiro mágico, por isso tinha vida própria e falava. O nome Pinocchio significa pinhão e tem origem do italiano falado na Toscana e significa pinhão (em italiano é pinolo). Existe uma variação que é “Pino” e “occhio”, pinho e olho, o olho do pinho.

Publicada originalmente em formato de folhetim, de 1881 a 1883, sob o título “A história de um boneco”. Uma característica é a fragmentação na história de Carlo Collodi e isso tem uma razão: ele escreveu e publicou lentamente os capítulos para um semanal infantil de Roma – o Giornale per i Bambini – e é sabido que interrompeu a escrita inúmeras vezes, retomando o processo por meio da pressão de seus leitores.

A novela de Collodi é um dos textos literários que mais sucesso fez e ainda faz entre adultos e crianças. Mas trata-se de muito mais que uma história comovente: nela Collodi resumiu singularidades do caráter italiano, comentando várias questões sociais, tecendo críticas, sobre a pobreza, a fome, a importância da educação e o mau funcionamento das instituições públicas.

Por isso e pelo seu eterno encanto, Pinóquio é hoje considerado um dos pilares da literatura italiana, juntamente com Decameron (Giovanni Boccaccio, por volta de 1350) e A Divina Comédia (Dante Alighier, aproximadamente 1315).

Fotos: Alexandre Fávero (1), Fabiana Bigarella (2 e 3) e Gustavo Türck (4)